domingo, 7 de outubro de 2012

Os sete saberes necessários à educação do futuro e Os 4 pilares de Delors

Caros cursistas leiam o texto abaixo, o resultado de um trabalho em grupo do curso de TIC-PUC,que trata dos "Sete Saberes e os  Quatro Pilares". Interessante  inclusive, para àqueles que farão o concurso da Sedu.




Grupo A
Disciplina: IS - Informática e Sociedade
Atividade: Seminário Virtua

Os sete saberes necessários à educação do futuro e Os 4 pilares de Delors

Escrito em 1999, a pedido da UNESCO, “Os sete saberes necessários à educação do futuro” pretende “expor problemas centrais ou fundamentais que permanecem totalmente ignorados ou esquecidos e que são necessários para se ensinar no próximo século.” O livro é composto de sete pontos de discussão: As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão; Os princípios do conhecimento pertinente; Ensinar a condição humana; Ensinar a identidade terrena; Enfrentar as incertezas; Ensinar a compreensão; A ética do gênero humano. Em seu ponto de vista, estes são os sete buracos negros da educação, pois são completamente ignorados, subestimados ou fragmentados nos programas educativos. No mundo contemporâneo, as ações estratégicas e as políticas públicas que, minimamente fortaleçam o papel do professor em um mundo globalizado e complexo mediado pelas tecnologias precisam ser sempre reconstruídas a fim de que ele repense suas práticas metodológicas, e possa integrar os saberes complementares. Nem se deve destruir as disciplinas, mas sim integrá-las, reuni-las para que dessa forma ocorra a mudança de pensamento, transformando a concepção fragmentada e dividida do mundo, a qual impede a visão da realidade. “ Não se trata de apenas modernizar a cultura, mas de culturalizar a modernidade” (Morin, 2000, p.10)
Destaque dos seguintes saberes:
1. Ensinar a condição humana
2. As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão
3. Os princípios do conhecimento pertinente
4. Ensinar a identidade terrena

1.    Ensinar a condição humana:
Aprendemos que somos culturais e precisamos reaprender que somos naturais, místicos.  É preciso considerar o ser humano e toda sua complexidade: sua condição física, biológica, psíquica, cultural, social, histórica. A educação do futuro deveria “mostrar e ilustrar o destino multifacetado do humano: o destino da espécie humana, o destino individual, o destino social, o destino histórico, todos entrelaçados e inseparáveis.”

2.    As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão
O autor defende a importância de se considerar os inúmeros erros e ilusões que podem ocorrer em qualquer transmissão de informação. Ele destaca os erros mentais, intelectuais e os erros da razão, enfatizando, neste último item, a diferença entre racionalização e racionalidade, considerando a racionalidade a melhor proteção contra o erro e a ilusão. Morin também destaca as cegueiras paradigmáticas e mostra como os paradigmas que controlam a ciência podem desenvolver ilusões.
Para o autor a educação deve sempre estar atenta à identificação da origem de erros, ilusões e cegueiras e jamais esquecer de considerar sempre todos os aspectos dos problemas, sejam eles antropológicos, políticos, sociais ou históricos.

3.    Os princípios do conhecimento pertinente
Quanto mais você fragmenta as disciplina melhor o conhecimento avança. O conhecimento pertinente vai na contra mão. Contra a fragmentação. Ou seja as disciplinas deveriam estar interligadas.

4.    Ensinar a identidade terrena
ensinar as crianças que temos pátria – construir um planeta sustentável – que seja viável para as gerações futuras. Sinais de irritabilidade da terra. Para ilustrar esse pensamento, Morin usa como exemplo várias contracorrentes existentes hoje que estão no cerne dessa missão: contracorrente ecológica, qualitativa, de resistência à vida prosaica, de resistência ao consumo padronizado, entre outras. A importância desse capítulo já pode ser visto nas discussões existentes sobre aquecimento global.
“Os Quatro Pilares da Educação”, do livro Educação: um Tesouro a Descobrir, de autoria do político francês Jacques Delors, editado pela primeira vez no ano de 1996, para o projeto da UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, aborda com muita propriedade e esclarecimento o que o autor designa como sendo os quatro pilares norteadores da educação para o próximo milênio, no caso o atual século onde nos encontramos.
Segundo Delors, a prática pedagógica deve preocupar-se em desenvolver quatro aprendizagens fundamentais, que serão para cada indivíduo os pilares do conhecimento: Aprender a conhecer – É necessário tornar prazeroso o ato de compreender, descobrir, construir e reconstruir o conhecimento para que não seja efêmero, para que se mantenha ao longo do tempo e para que valorize a curiosidade, a autonomia e a atenção permanentemente. É preciso também pensar o novo, reconstruir o velho e reinventar o pensar. Aprender a fazer – Não basta preparar-se com cuidados para inserir-se no setor do trabalho. A rápida evolução por que passam as profissões pede que o indivíduo esteja apto a enfrentar novas situações de emprego e a trabalhar em equipe, desenvolvendo espírito cooperativo e de humildade na reelaboração conceitual e nas trocas, valores necessários ao trabalho coletivo. Ter iniciativa e intuição, gostar de uma certa dose de risco, saber comunicar-se e resolver conflitos e ser flexível. Aprender a fazer envolve uma série de técnicas a serem trabalhadas. Aprender a conviver – No mundo atual, este é um importantíssimo aprendizado por ser valorizado quem aprende a viver com os outros, a compreendê-los, a desenvolver a percepção de interdependência, a administrar conflitos, a participar de projetos comuns, a ter prazer no esforço comum. Aprender a ser – É importante desenvolver sensibilidade, sentido ético e estético, responsabilidade pessoal, pensamento autônomo e crítico, imaginação, criatividade, iniciativa e crescimento integral da pessoa em relação à inteligência. A aprendizagem precisa ser integral, não negligenciando nenhuma das potencialidades de cada indivíduo. Com base nessa visão dos quatro pilares do conhecimento, pode-se prever grandes consequências na educação. O ensino-aprendizagem voltado apenas para a absorção de conhecimento e que tem sido objeto de preocupação constante de quem ensina deverá dar lugar ao ensinar a pensar, saber comunicar-se e pesquisar, ter raciocínio lógico, fazer sínteses e elaborações teóricas, ser independente e autônomo; enfim, ser socialmente competente.

Obs.: O vídeo produzido pelo nosso grupo tem um formato maior do que a plataforma e-proinfo suporta, que é de no máximo 4 MB.
Assistam, pois ficou muito bom.
Segue o link:

Bibliografia

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 12 ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2007.
http://pedagogia-joinville.blogspot.com.br
http://professorglobalizado.blogspot.com.br/2010/06/disciplina-informatica-e-sociedade.html
http://www.youtube.com/watch?v=Ta8M5ii06zs

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